Os ritmos que integram a música popular maranhense embalaram a noite de abertura da II Mostra Sesc Onde Canta o Sabiá realizada nesta terça-feira (2), no Teatro João do Vale. Um show que reuniu os intérpretes da primeira edição para matar a saudade das composições inéditas lançadas em 2011.
Abrindo a noite, Vilmara Soares mostrou todo o seu romantismo com a música “Meu Amor”, de José Flávio Pinheiro. Em seguida, o estilo modernizante do cavaquinho de Jorge Roberto dos Reis, mais conhecido como Robertinho Chinês, envolveu a plateia na interpretação de “Fim de Tarde”, de José Luiz dos Santos Jr.
O imperatrizense Chico Nô fez dupla apresentação. Primeiro interpretando “Casa de Palha”, de sua autoria apresentada em 2011 por João Simas e depois “Águas Claras”. Ambas as composições integram o CD independente que será lançado em novembro e reúne variados ritmos. Para ele, “a Mostra é um espaço importante para artistas e compositores, primeiramente por não ter um caráter competitivo, o que possibilita maior integração ente os participantes além da oportunidade de divulgarem seus trabalhos”, destacou.
Na sequência, Camila Reis cantou “Je Ne Ce Pas”, uma composição de autoria própria baseada na música popular maranhense. A cantora, que desenvolve trabalhos na área de artes cênicas e música, deu início ao trabalho solo em 2011, e elogiou o projeto que incentiva os músicos maranhenses que estão em início de caminhada. “Gravar um CD é o sonho de todo artista quando decide iniciar uma carreira e a oportunidade que o Sesc dá é um incentivo para compor”, disse.
Do regional para o rock progressivo, Vander Ferraz e Cazi Moraes, que se denominam “delirantes amantes das musas!”, cantaram “Fernanda Quando Anda”, em que exaltam a figura feminina nos seus detalhes. Os dois são integrantes da Banda Chapa dos Poetas, formada em 2011, um grupo que recebe influência desse ritmo que nasceu em 1960, no Reino Unido.
Nessa miscelânea de ritmos, o palco do João do Vale recebeu ainda William Mendes, cantando “Dias de João”; Tony Soublet, com “Novo Amanhã” e Raquel Santos com “Um chorinho para sorrir”.
O cantor autodidata, Glauco Keemel, cantou o amor na música “Translúcido”. Maranhense de coração e paraense de nascimento, ele compara a iniciativa do Sesc como uma “vitrine para o artista”. “Esse tipo de evento nos traz a sensação de que alguém tem a preocupação com a divulgação da cultura maranhense, por isso considero uma experiência satisfatória e enriquecedora que não pode parar”, frisou.
Fechando a noite, Fernanda Garcia interpretou “Afinal sou uma Ilha”, — uma composição que teve como autora Joana Bittencourt e música de Paulinho Oliveira — e passou o microfone para o irreverente Smith Jr que mostrou todo o seu talento com “Eu não to nem aí”.
Todas essas músicas estão no primeiro CD da Mostra que está recheado de música brasileira e de grandes canções representam bem a variedade musical do Maranhão. Nos dias 4 e 5 de outubro, serão conhecidos os selecionados 2012, que na mesma linha promete fazer sucesso divulgando os ritmos diversificados e costumes peculiares da nossa terra.