Em plena era dos celulares inteligentes, das mensagens instantâneas e das notificações, uma iniciativa da Biblioteca Rosa Castro – Sesc Maranhão decidiu remar na contramão do fluxo digital. Enquanto o mundo segue acelerado, apertando botões e deslizando telas, a biblioteca convidou estudantes de sete escolas da capital a escreverem cartas. Durante seis meses, se corresponderam utilizando apenas codinomes e nesta quinta, 4 de dezembro, acontecerá o tão aguardado encontro, das 9h às 11h, no Auditório do Sesc Deodoro.
Há 78 anos, o Sesc espalha pelo Brasil ações que promovem bem-estar social, educação, cultura e cidadania. Mas desta vez, no Maranhão, o gesto foi ainda mais simbólico: resgatar o velho hábito de se corresponder, revivendo um ritual que muitos jovens só conhecem dos filmes – o de escrever uma carta, dobrá-la com cuidado, colocá-la num envelope e esperar, ansiosamente, pelo retorno.
Assim nasceu o projeto Caligrafia Viva, uma experiência que uniu estudantes de sete escolas em uma verdadeira travessia pelo tempo. Usando apenas codinomes e papel, sem redes sociais, sem emojis e sem filtros, os participantes trocaram cartas entre maio e novembro de 2025. Cada envelope carregava mais que palavras: levava consigo descobertas, novas amizades, desabafos e sonhos.
A aventura chega ao seu momento mais aguardado nesta quinta, dia 4 de dezembro de 2025, das 9h às 11h, no Auditório do Sesc Deodoro. Os remetentes e destinatários finalmente se encontrarão pessoalmente. Rostos serão revelados, sorrisos trocados e histórias compartilhadas sobre essa experiência literária. A programação conta com lanche coletivo, rodas de conversa, performance teatral e outras surpresas preparadas especialmente para celebrar essa travessia encantada pela escrita.
Em tempos em que a pressa consome o cotidiano, o Sesc Maranhão lembrou a todos que existe beleza no gesto simples de escrever uma carta. Na delicadeza das palavras escolhidas à mão, mora um universo que nenhum aplicativo é capaz de reproduzir.
