Dia Mundial de Combate à Hanseníase: Sesc na luta contra a doença e o preconceito

24/01/2013 às 00:00 por Viviane Franco

Ao longo dos tempos, a hanseníase apresentou-se como uma moléstia estigmatizante. Registros mostram que o isolamento era a medida mais aplicada pelas pessoas para evitar a transmissão da doença considerada, na época, sem cura. Na atualidade, mesmo com a descoberta do tratamento, o estigma ainda persiste e mostra-se mais resistente que a própria doença. Visando orientar a população e reforçar a luta contra o preconceito, o Sesc realiza, nos 27 e 28 de janeiro, a Campanha Alusiva ao Dia Mundial do Combate a Hanseníase. A programação acontece no domingo, no Sesc Turismo, das 9 às 15 horas e na segunda, no Sesc Deodoro, das 11 às 14 horas.

 

A iniciativa tem por objetivo esclarecer sobre os principais sinais e sintomas da doença, de forma a diagnosticá-la e tratá-la precocemente, diminuindo o surgimento de eventuais casos. As atividades da campanha incluem mobilização e orientação dos frequentadores das duas unidades, subsidiadas com material didático sobre o assunto.

 

Segundo os últimos dados referentes ao tema, o Brasil é o segundo país do mundo em número de casos. Contudo, dados parciais de 2012 mostram que as ocorrências de hanseníase vêm diminuindo. Entre 2010 e 2011, o coeficiente caiu 15%. Entre menores de 15 anos, este percentual baixou 11%. Os dados preliminares mostram que, em 2011, houve 30.298 ocorrências, um coeficiente de 15,88 por 100 mil habitantes. Desse total, 2.192 casos foram registrados em menores de 15 anos (4,77 por 100 mil habitantes).

 

Em muitos países, a hanseníase já foi erradicada. Se diagnosticada no princípio, a pessoa tem maior probabilidade de ficar curada e não precisar se isolar, porque logo após o início da terapia a transmissão é interrompida.

 

O maior empecilho ao combate desse mal são os mitos e preconceitos que ainda confundem os cidadãos. Por desconhecerem a terapia, algumas pessoas deixam de procurar ajuda por vergonha ou medo de sofrerem preconceito. Dessa forma, além de sofrerem complicações mais sérias, os doentes continuam transmitindo a doença.

 

Conhecer a doença pode fazer toda a diferença para não prejudicar o convívio social. Vale lembrar que a hanseníase só é transmissível quando o portador apresenta a forma mais grave (multibacilar), que sem o devido tratamento permanece vivo em aglomerações e lugares sem condições adequadas de higiene.

 

A Campanha Alusiva ao Dia Mundial do Combate a Hanseníase será realizada no dia 27, no Sesc Turismo, das 9 às 15 horas e no 28 de janeiro, no Sesc Deodoro, das 11 às 14 horas.