A promoção e visibilidade da expressão artística-cultural dos povos indígena e negro estarão em debate no projeto Identidade Brasilis, promovido pelo Sesc em todo o Brasil. No Maranhão, a programação inclui a roda de conversa “Ancestralidade e Saberes Tradicionais” acompanhada de pocket show de Djuena Tikuna no dia 5 de novembro, às 18h, no Teatro Napoleão Ewerton, e a publicação de vídeo memória sobre o Terreiro de Iemanjá nas redes sociais do regional no dia 8 de novembro.
Aberta ao público, a roda de conversa “Ancestralidades e Saberes Tradicionais” propõe um dialogo a partir de saberes, fazeres e crenças que fazem parte das nossas memórias, construções identitárias, artísticas e culturais que se entrecruzam no emaranhado de conhecimentos de raízes indígenas e africanas no âmbito da cultura popular através de suas simbologias e cosmologias e relações entre o sagrado e o profano.
O debate será mediado por Cidinalva Neris, professora-doutora e pesquisadora que integra a Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN). Participam da mesa Jô Brandão:yalorixa, ativista dos direitos de povos e comunidades tradicionais; Djuena Tikuna: cantora do povo Tikuna e primeira jornalista indígena do Amazonas e Babalawo Ogunjimi: sacerdote e médico tradicional em Okeigbo (Nigéria) com experiência no culto aos orixás e ao estudo e uso das folhas sagradas.
Divulgado nas redes sociais do Sesc Maranhão no dia 8 de novembro, o vídeo memória do Regional tem como proposta apresentar o contexto histórico, as produções artísticas e culturais, assim como a memória, religiosidade e ancestralidade do Terreiro de Iemanjá, localizado no Bairro da Fé em Deus há mais de 60 anos e comandado pela matriarca Mãe Dedé.
O objetivo central do projeto Identidade Brasilis está na valorização das produções artísticas, pesquisas e questões ligadas ao tema, chegando à sociedade de maneira proporcional e democrática, criando conexões e inspiração a partir dos conteúdos que serão apresentados.
Dia da Consciência Negra
O Brasil é o país com a maior população negra fora do continente africano, um total de 110 milhões de pessoas. Por isso, a história negra brasileira precisa ser reconstruída e reconhecida para a redução das desigualdades raciais.
O Dia da Consciência Negra relembra o valor da comunidade negra e sua fundamental contribuição ao país. Celebrado em 20 de novembro, remete a morte de Zumbi dos Palmares, que lutou contra a escravidão no Brasil e liderou um dos maiores quilombos por vinte anos.
