Maranhão e Piauí deram show no Teatro Arthur Azevedo

21/08/2013 às 00:00 por Viviane Franco

Ninguém conseguiu ficar parado. Os shows desta terça-feira (20), no Teatro Arthur Azevedo contagiaram o público que cantou e dançou ao som do ritmo percussivo do grupo Afrôs e depois com a contagiante “nordestinidade” de Vagner Ribeiro e Grupo Valor de PI.

 

Reverenciando a memória dos povos ancestrais, a banda feminina de percussão Afrôs abriu a noite com o show intitulado “Inomorô” que significa “está aqui”. Conforme explica uma das integrantes, Cris Campos, o grupo faz música “com respeito a todos os povos que formaram o povo brasileiro”.

 

A apresentação reúne ritmos regionais do Brasil com uma mistura de sonoridades contemporâneas universais. A banda Afrôs é formado por Cris Campos (voz e percussão), Fernanda Monteiro Oliveira (voz e percussão), Melannie Carolina (voz e baixo), Hugo Cesar (guitarra), Rebeca Alexandre (percussão), Camila Cutrim (percussão) e Jânia Lindoso (percussão).

 

A segunda atração da noite descontraiu o público desde a entrada. Enquanto Vagner Ribeiro recitava versos, uma cabeça de boi o acompanhava e brincava com a plateia. No palco, o grupo que é mais do que uma banda de música nordestina celebraram a alegria e a tradição das manifestações mais populares da região.

 

Durante a apresentação, Vagner contou a trajetória de muitos nordestinos que saem do Ceará para o Maranhão, fugindo da seca, “alguns ficam pelo Piauí, como minha família, mas o destino é o Maranhão, onde há mais água”. Por esse motivo — declarou — o estado é um local onde estava ansioso para se apresentar.

Em pouco mais de uma hora de show, o grupo costurou histórias de sabedoria popular, como a famosa “Flor de Puxinanã”, de Zé da Luz e preciosidades da poesia dos sertões com músicas conhecidas como “De Teresina a São Luís”, de João do Vale.

 

Entre os elementos culturais presentes no show, o Reisado, a Divindade, as Rodas de São Gonçalo, a Marujada e o boi do Piauí, que segundo Vagner só é diferente do boi do Maranhão porque é do Piauí.

 

E nesse clima, o público se envolveu e participou do show. Primeiro foram as crianças que subiram ao palco e aprenderam o sapateado. Noutro momento, toda plateia caiu no ritmo da ciranda circulando as cadeiras do Teatro. Ao som de “É Proibido Cochilar”, o grupo se despediu deixando o público com um gostinho de “quero mais”.

 

Nesta quarta-feira, o Amazônia das Artes apresenta o Espetáculo teatral “Solamente Frida”, com a Cia Garotas Marotas, do Acre, às 19 horas, no Teatro Arthur Azevedo.