Musicalidade Gaúcha marca encerramento do Sonora Brasil

20/08/2013 às 00:00 por Viviane Franco

A musicalidade dos rituais religiosos dos negros gaúchos encerrou as apresentações do Projeto Sonora Brasil no Maranhão. O show do grupo Alabê Ôni (RS) aconteceu na sexta-feira (16), no Teatro João do Vale. Na plateia, músicos, artistas, professores e estudantes de música apreciaram o melhor do grupo percussivo que percorre o país por meio do projeto Sonora Brasil Sesc.


O Alabê Ôni – que na língua ioruba significa “nobre tamboreiro” ou “grande mestre dos tambores” – encantou o público com sua percussão, que remetia a rituais religiosos da região Norte do Rio Grande do Sul como o maçambique – uma manifestação em devoção a Nossa Senhora do Rosário e a São Benedito, que leva a comunidade negra para dentro da igreja.


De acordo com Richard Serraria, um dos integrantes do grupo o tambor de sopapo, utilizado durante as apresentações, é símbolo da resistência do povo negro no Rio Grande do Sul. Richard também falou sobre a importância do projeto Sonora Brasil na difusão da musical de grupos como o Alabê Ôni.


O Alabê Ôni encerrou sua apresentação com percussão jejá – orubá (tambô de Iabã ou Inhanha) – um cântico que é uma reza em urubá pedindo bênçãos de Deus, fazendo preces para que jamais faltem harmonia e amor dentro das residências de cada um de nós.