Musical infantil resgata importância das diferentes gerações de brincadeira infantis

20/08/2013 às 00:00 por Viviane Franco

A modernidade trouxe conhecimento e praticidade, porém a infância se resumiu a ambientes fechados, computadores e vídeo games. As brincadeiras e jogos infantis populares aos pouco foram substituídos. Resgatando o prazer e a diversidade das tradicionais cantigas de roda, músicas infantis e as brincadeiras de rua, o Grupo Raízes do Porto apresentou na segunda-feira (19), o espetáculo Avoar, no Teatro Alcione Nazareth.

 

O musical infantil de Vladimir Capella, com direção de Suely Rodrigues é um espetáculo que ao mesmo tempo é nostálgico, devido à apresentação de brincadeiras que fizeram parte da infância de muitos adultos, como divertido, pois transmite a inocência e a criatividade das crianças durante seu momento de lazer.

 

Os atores do representam de forma envolvente e engraçada sete crianças que moram em condomínio e brincam sozinhos, até um dia que decidem descer de seus prédios e ao encontrarem outros garotos descobrem o prazer das brincadeiras de rua como "Boca-de-Forno", "João Bobo", “Esconde-Esconde”, entre outras.

 

Entre uma música e outra, uma situação inusitada provocada pelas crianças transforma todo o espetáculo em uma envolvente comédia, como em “Pera, Uva ou Maçã”, em que uma das meninas interrompe a brincadeira, porque não gosta de maçã.

 

Segundo a diretora do espetáculo, Suely Rodrigues, durante a montagem do musical, foram realizadas oficinas com os artistas que compartilharam brincadeiras que marcaram a infância de cada um. Da riqueza de informações reunidas, a diretora apresentou o texto que sofreu adaptação a partir da recriação das percepções de cada integrante.

 

O cenário é todo dinâmico, contribuindo para o desenvolvimento do musical. De elementos simples como almofadas em forma bóias, panos, pedaços de madeira até um guarda-chuvas que se transforma em uma palmeira, demonstra a vasta imaginação infantil na hora de criar suas brincadeiras.

 

Todo esse repertório, facilmente reconhecível pelo espectador adulto promove a reflexão sobre a infância de hoje e de antigamente, que se divertia com brincadeiras transmitidas de geração para geração.

 

O Grupo Raízes do Porto, de Porto Velho encontrou em São Luís muitos conterrâneos e amigos, como a jovem estudante universitária, Cíntia Pessoa, que se mudou para o Maranhão para estudar Teatro e estava encantada com a apresentação. “Quando soube que meu estado estava com um belíssimo espetáculo circulando pelo Amazônia das Artes, não poderia deixar de prestigiar”, disse.

 

Assim como a estudante, outros espectadores aproveitaram o momento de troca de informações para registros fotográficos e elogios ao grupo.


O Sesc Amazônia das Artes continua a séria de apresentações nesta terça-feira (20) com a realização do show musical “Inomorô”, com o Grupo Afrôs, do Maranhão e show musical “O Piauí Contando História”, com Vagner Ribeiro e Grupo Valor de PI, do Piauí, a partir das 19 horas, no Teatro Arthur Azevedo.