Malabares, pernas de pau, palhaçadas, a magia do circo ao alcance do público em três intensos dias. Com essa proposta, o Sesc iniciou nesta segunda (25) uma intensa programação em comemoração ao Dia do Circo, celebrado em 27 de março. O primeiro dia de realização do projeto Sesc Circo divertiu o público, despertou o interesse pela arte circense e disseminou as técnicas dos malabares para pessoas das mais variadas idades na Unidade Deodoro.
Teoria e prática marcaram a Oficina de Técnicas Circenses – Swing, ministrada por Andressa Cabral. Experimentando a arte da confecção dos malabares swing poi, a forma e cores vibrantes foram ganhando vida com o trançado da linha encerada. Com apenas seis fios, o instrumento começa a surgir nas mãos dos participantes. Guilherme Ferreira (20), que já trabalhou com a produção de pulseiras artesanais em 2010, decidiu retomar a arte e adicionar os malabares ao ofício. “Estou buscando novas experiências e técnicas para incrementar o meu trabalho”, afirmou.
A oficina prossegue até o dia 27 de março, das 8 às 12 horas, no Terraço Vip do Sesc Deodoro. Finalizada a etapa de confecção, osparticipantes se preparam para aprender a técnica do jogo de malabares. Jeifson Neves (26), que há 11 anos trabalha com o teatro, 6 como palhaço e 2 como mágico, revelou que o circo o encanta. “Sempre estou buscando aprender mais sobre esse apaixonante universo. O Sesc tem a capacidade de reunir artistas e pessoas da comunidade em torno da cultura, instigando novos talentos e impulsionando a herança popular. Sempre que realizam cursos como esse, participo”, revelou.
O Swing poi surgiu na Nova Zelândia com o objetivo de aperfeiçoar o estilo de luta de homens e mulheres, visto que aumenta a flexibilidade, força e coordenação. Composto por bola, fios e fitas de tecido colorido, atualmente o instrumento é uma dos mais conhecidos do universo circense.
No almoço, o público do Sesc Deodoro se encantou com o espetáculo “Gran Circo de Variedades”, da Cia Chegança. Em uma engraçada apresentação de circo teatro, que abordou as trapalhadas de Arnica, uma palhaça em busca do sonho de ser acrobata, o espetáculo se desenvolveu com muita música, truques de mágica, perna de pau e animais adestrados.
O vigilante Marlon Mota, apesar dos 36 anos de vida, manteve contato com o mágico universo circense pela primeira vez no Sesc. Acompanhado do filho Davi, de 6 anos, ele descobriu os encantos da arte e registrou o momento no celular. “Nunca fui ao circo quando era criança, nem quando me tornei pai. Meu filho já tinha assistido anteriormente, mas somente hoje tive a oportunidade de acompanhá-lo. Adorei!”, revelou.
Andreia Alves, que há três anos trabalha na Cia Chegança, explicou que a arte circense é pouca difundida no Maranhão e, por isso, iniciativas como a do Sesc são de suma importância para a propagação dessa arte. “É muito gratificante observar e sentir que o público se interessa pelo que fazemos com tanto amor. Precisamos difundir mais esse precioso legado”, afirmou.