Numa conversa que reuniu jornalistas, coordenadores de cultura e comunicação do Sesc, diretores regionais e convidados, o Sesc deu início ao lançamento do circuito 2013 do projeto Palco Giratório. O evento aconteceu no Sesc Belenzinho, em São Paulo na noite desta quinta-feira, 14. O projeto que é um dos maiores no Brasil voltado para a difusão cultural e desenvolvimento das artes cênicas no país, vem contribuindo há 16 anos para a democratização e acesso à produção artística.
Abrindo a noite o Diretor Regional do Sesc em São Paulo, Danilo Miranda, falou sobre a amplitude do Palco Giratório e sua importância dentro do cenário cultural. “O Palco Giratório é um dos maiores projetos de valorização das artes em nosso país, é um ação do Departamento Nacional de caráter coletivo, pois conta com a participação de todos os Departamentos Regionais, num esforço de integração nacional pelo teatro”.
Em seguida foi a vez do Diretor de Programas Sociais do Departamento Nacional, Álvaro Salmito dar a sua saudação. “Projetos como esse fazem com que o Sesc Brasil afora seja responsável pela construção de teatros, preparando uma estrutura para a divulgação da artes. Esse dinamismo do Sesc percebemos em todo o Brasil. Temos nessa amplitude projetos também na área de música, como é o caso do Sonora Brasil e em outras linguagens que circulam nacionalmente e os Departamentos Regionais, com seu trabalho trazem o vigor a esses projetos.
Em sua 16ª edição o projeto Palco Giratório se consolida como uma das mais bem sucedidas iniciativas culturais do país, ao promover o acesso à espetáculos de qualidade a um público amplo e diversificado e divulgar o trabalho de profissionais de diversos estados brasileiros. Uma das novidades desta edição é a inauguração do Circuito Especial – um circuito paralelo ao principal que percorre 11 estados.
A cada ano, um grande mestre das artes cênicas será escolhido para seguir o percurso com seu espetáculo. Desta vez o homenageado é Ilo Krugli, do Teatro Vento Forte – grupo quadragenário e com destacada importância no âmbito do teatro infantil. Sobre a homenagem, Ilo, que esteve presente no lançamento do projeto, disse que ao longo de sua vida sempre fez parte de um Palco Giratório e que essa homenagem feita pelo Sesc vem coroar a sua história. Ilo contou um pouco de sua trajetória no teatro, falou sobre sua prisão, a chegada ao Brasil e o período de repressão que enfrentou e aproveitou a oportunidade para mostrar o seu trabalho, improvisando bonecos com as mãos.
O encontro contou ainda com a participação de jornalistas de veículos de comunicação de vários estados como Brasília, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, que puderam fazer perguntas e conhecer mais sobre o projeto. Encerrando a noite todos deram boas risadas com a apresentação do espetáculo Amor Confesso, da Cia Falácia do Rio de Janeiro, que aborda de forma bem humorada a questão: casar ou não casar?
Palco Giratório 2013
Pela primeira vez compondo um circuito nacional, o projeto conta também com a intervenção urbana Pingos & Pigmentos, do grupo baiano Coletivo Construções Compartilhadas que realizará interferências no cotidiano de diversas cidades, destacando a importância de testar os limites da linguagem no espaço contemporâneo. Os coordenadores de cultura e comunicação puderam conhecer em primeira mão a intervenção que foi visitada durante a tarde do dia 14, no Praça Poupa Tempo, ao lado do Sesc Carmo
A edição 2013 chama atenção também por contar com cinco monólogos. Entre eles, “O Filho Eterno” (RJ) que ganhou o prêmio Shell de melhor ator em 2011. Este ano a programação conta com 18 espetáculos de 18 companhias representantes de 12 estados brasileiros, que compõem as atividades também com oficinas, debates, encontros e reflexões. Esta iniciativa se traduz em 732 apresentações artísticas e mais de 1.200 horas de oficinas em 133 diferentes cidades do país, onde o público tem a oportunidade de acompanhar o panorama completo das produções selecionadas, tendo contato com uma grande variedade de gêneros e linguagens artísticas.
De acordo com Rafael Dias, membro da coordenação nacional do Palco Giratório, esse projeto é o resultado de um árduo processo realizado por todos os regionais, é um projeto ímpar que chega a localidades onde normalmente não teria condições de receber um espetáculo, e que proporciona novos olhares e novas reflexões a artistas e expectadores.
