O grande desafio da atualidade é promover o desenvolvimento sustentável, buscando amenizar os efeitos do crescimento urbano acelerado e do consumo desenfreado. E a melhor saída, sem dúvida, é estimular a prática da responsabilidade ambiental. Com esse objetivo, o Sesc está desenvolvendo o projeto Adolescente Cidadão, na Igreja São Pedro, na Raposa, desde o início do mês. Nesta quinta, dia 22 de novembro, os alunos iniciaram as atividades do Módulo de Customização de Acessórios, a partir de materiais recicláveis.
Antes de colocar a mão na massa, 40 adolescentes com idade entre 14 e 18 anos tiveram contato com questões relativas à preservação ambiental, como a importância da reciclagem, reaproveitamento e coleta seletiva, além de levantar propostas simples, mas efetivas para diminuir degradação ambiental da comunidade da Raposa por meio da Oficina de Meio Ambiente e Sustentabilidade.
E depois da teoria, os alunos e instrutores organizaram um mutirão pelas ruas da comunidade, retirando resíduos sólidos como garrafas pet para utilizar como matéria-prima para o Curso de Customização. O I Módulo, realizado entre 05 e 19 de novembro, ensinou as técnicas de fabricação de bijuteria e customização de sandálias. Nesta quinta, dia 22 de novembro, os alunos deram início à fabricação e customização de acessórios, como bolsas, carteiras e cintos, prática que se estende até o dia 01 de dezembro. A customização de roupas é a última etapa do curso, com realização prevista para o período entre 03 e 17 de dezembro.
Segundo Geovana Maya, responsável pelo projeto, o Adolescente Cidadão visa construir uma consciência sócio-ambiental nos adolescentes, apontar os principais problemas observados na área de atuação e ao mesmo tempo despertar a comunidade para medidas possíveis em prol da preservação ambiental.
Transformando lixo em arte, a produção de peças a partir de materiais recicláveis fomenta a renda no seio familiar e também comunitário. “Nada se perde, tudo se transforma. Com matéria-prima facilmente encontrada, a produção experimental pode se transformar em fonte de renda individual ou coletiva, como a implantação de uma cooperativa no bairro”, explica Geovana.
O Adolescente Cidadão há 15 anos vem oportunizando cursos para jovens que residem em bairros menos favorecidos, influenciando positivamente na formação de ex-integrantes como o jornalista Douglas Pinto, que trabalha em uma das maiores emissoras de televisão do estado, e os dançarinos do Street Master, grupo que surgiu em 1999, fruto do projeto, e coleciona conquistas em festivais e até no programa Domingão do Faustão.