Difundindo a produção artística maranhense e brasileira, a rica “Aldeira Cultural” da Mostra Sesc Guajajara está no penúltimo dia de espetáculos, shows, filmes, performances, intervenções, exposições e contações de história. Com o objetivo de ampliar a bagagem de profissionais e estudantes de arte, o evento também realiza oficinas formativas nas áreas de dança, música, arte indígena, técnica circense, teatro, cinema e mímica. Neste segunda, dia 29 de outubro, dentre as 12 oficinas oferecidas, o Sesc deu início à atividades da Oficina de Curtametragem, na Galeria de Arte, com a participação de 30 pessoas.
Ministrado pelo cineasta e jornalista Lucian Rosa, os alunos colocam a mão na massa durante os três dias de aprendizado. Desnudando a pré-produção, filmagem e pós-produção de um curtametragem, o objetivo é incentivar a produção local e a experimentação na linguagem.
Na aula inaugural, os participantes tiveram contato com duas produções, modelo de roteiro e storyboard (série de ilustrações). Após a teoria, cada um recebeu a missão de elaborar um roteiro para curtametragem, utilizando o as imediações do Sesc como cenário. Divididos em grupos, um enredo de cada foi eleito, transformado em storyboard e trocado entre eles para preparação da próxima fase da oficina: filmagem. Três curtas-metragens foram produzidos nesta terça (30), com edição e conclusão prevista para esta quarta, dia 31 de outubro.
A jornalista Rosenita Cantanhede, de 42 anos, que traz no currículo trabalhos como os três maiores documentários de Murilo Santos, contou que está buscando adquirir novos conhecimentos na área, com vistas ao mercado de trabalho. “Tenho 20 anos de profissão e muita experiência em produção de documentários, mas quero estender meu ramo de atuação. Já participei de outras oficinas anteriormente, mas ainda não tinha decidido realmente aprender. Dessa vez é para valer, inclusive já estou tentando fazer meu primeiro roteiro”, revela.
É a primeira vez que Lucian Rosa ministra uma oficina de curtametragem. “Estou adorando a oportunidade de estimular outras pessoas à produção de curtas. Quero manter a comunicação com cada participante e acompanhar o seu desenvolvimento”, afirma. O cineasta veio a São Luís apenas para participar do último Festival Guarnicê e após o intercâmbio de experiências com os concorrentes, resolveu reunir o seu talento e ideias aos de mais 13 pessoas para montar o Éguas Coletivo Audivisual. Atualmente, a equipe iniciou a gravação de um documentário sobre São Marçal e um curta sobre as lendas e o cotidiano de São Luís.
